22 maio 2006

So Dark The Con Of Man...

The Madonna of the Rocks
Enfim, chegou um dos dias mais esperados desse ano. O dia do lançamento do filme "O Código Da Vinci", adaptação dos best-seller de Dan Brown. Vou escrever aqui, algumas impressões que tive a respeito do filme.

Em primeiro lugar, os atores selecionados para os personagens foram muito bons. Tom Hanks (Robert Langdon), Audrey Tautou (Sophie Neveu), Jean Reno (Bezu Fache), Ian McKellen (Sir Leigh Teabing), etc, encarnam com perfeição as descrições feitas no livro a ponto de parecer que o livro foi escrito para eles.

Outro aspecto emocionante, são os lugares das filmagens. A maioria dos prédios, igrejas, etc, que aparecem são os originais mesmo e não montagens, oferecendo a riqueza dos detalhes de cada construção. As filmagens dentro do Louvre são muito boas. Até o piso que o livro descreve, é retratado com perfeição, sem falar nos quadros mais famosos do mundo.

O grande assassino do filme, Silas (Paul Bettany) tem uma grande atuação e a sua caraterização também é fantástica. Quem vê o cara, diz que ele realmente é um albino. As cenas em que ele aparece se auto-flagelando, são as mais fortes do filme e tem uma realidade impressionante. A cada chicotada, parece que é você quem está sentido a dor.

Para desenvendar os mistérios e mostrar as histórias dos personagens, o filme utiliza recursos bastante interessantes. As histórias aparecem como se fossem filmes passando na frente de cada personagem e os anagramas e símbolos 'brilham' para que a sua identificação seja facilitada.

Alguns detalhes do livro foram deixados de lado no filme. São detalhes que não atrapalham no entendimento da história, mas que, no livro, realçam a profundidade das pesquisas feitas pelo autor. A seqüência de Fibonacci é apenas citada e a divina proporção nem citada é. As suas explicações reforçariam o esforço de pesquisas feitas pelo autor, mas não atrapalham na trama.

Um aspecto negativo do filme é a atuação entre Tom Hanks e Audrey Tautou. No livro, os dois vivem um romance, que surge desde a primeira vez que eles se encontram e chega ao clímax no final da história. No filme, entretanto, nada disso acontece. A impressão que dá é que a relação entre eles foi meramente 'profissional', de que ele apenas atuou como um 'consultor' para desvendar o mistério. Ao meu ver, esse romance poderia ter sido bem mais realçado. O final do filme também foi um pouco modificado, e não ficou igual ao escrito, mas a 'intenção' foi bem retratada.

Algumas críticas que sairam após a sua estréia em Cannes, diziam que algumas partes eram ridículas, que algumas pessoas vaiaram e riram. Eu tenho duas hipóteses para isso: 1) é parte do boicote que algumas organizações estão fazendo ao filme; 2) anti-marketing, o que só aumenta a curiosidade das pessoas para ver o filme. De qualquer forma, o filme é muito bom e vale a pena ir vê-lo. Para quem já leu o livro, é impressionante ver os lugares que o autor descreveu, aumentando a riqueza da história. Para quem ainda não leu, leia, pois o livro tem ainda mais detalhes que o filme mostra.

Nenhum comentário: